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Inspirado em Racionais, rapper de Ribeirão Preto busca combater preconceitos através da música

Atualizado: 24 de out. de 2022

Vinícius Preto começou em 2009 e já produziu mais de 50 músicas.


Capa do álbum 'Canto Negro' de Vinícius Preto.


Apaixonado por música desde criança, Vinícius Preto ingressou no meio artístico em 2009 no grupo Zamba Rap Clube e hoje segue carreira solo. Aos 37 anos, o rapper conta com mais de 50 músicas lançadas e 800 ouvintes mensais no Spotify. Atualmente, também trabalha como produtor cultural da Biblioteca Sinhá Junqueira, em Ribeirão Preto.


Pingue-Pongue com Vinícius Preto


1. Como surgiu seu interesse pela música?

Sei que foi quando criança, meu pai ouvia muita MPB e, em especial, Chico Buarque. Sempre gostei de música e sei que despertou mesmo com os sambas que meu tio me dava para ouvir. O samba é o ritmo que mais escuto.


2. Você enxerga o cenário atual propício para quem quer fazer carreira musical com o rap?

Hoje sim, na minha época era mais difícil, mas possível. Antes de mim era quase impossível. Os que vieram antes fizeram a pavimentação do rap para que hoje eu e muitos pudessem tentar viver da arte. Devemos sempre respeitar e lembrar de quem veio antes, tudo tem um passado que merece ser respeitado.


3. O processo de produção de uma música demora quanto tempo?

Varia muito, já fiz música em meses e em minutos. Mas uma boa produção não tem tempo, ela é entregue assim que todas as etapas são concluídas.


4. Qual a parte mais demorada do processo?

No meu caso é sempre a finalização, chega uma hora que a gente só deixa ir. Mas masterização e mixagem são as etapas que podem demorar mais porque exige muito mais atenção e cuidado.


5. O rap é um estilo musical muito marginalizado. Quais barreiras ainda precisam ser quebradas nesse processo?

O rap é oriundo dos guetos norte-americanos, onde se encontravam jamaicanos, latinos, pretos, pobres e ali a cultura Hip Hop surgiu. Apesar de ter explodido nas periferias, o ritmo e base do rap vêm de várias camadas sociais. As barreiras que precisam ser quebradas são as da sociedade como um todo: preconceitos contra tudo que vem dos pretos, das favelas (como o samba e funk) e todas as outras mazelas. Os rappers de hoje precisam fazer um trabalho sobre isso também. Cada um faz seu trabalho mas é preciso estar atento e informar o público.


6. Quem são suas referências musicais?

Minhas principais referências são Bezerra da Silva, Gilberto Gil, Elizete Cardoso, Elis Regina, Racionais Mc's, Xis, Japão Viela 17, Clementina de Jesus, Dona Ivone Lara e Zeca Pagodinho.


7. Qual o seu objetivo com a sua música?

A música é uma missão de vida. A tenho hoje com o mesmo propósito: amor ao meu povo e combate contra os preconceitos e racismo estrutural.

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